TODOS VIVOS, ALELUIA!
Falei certa vez que as ações do Comando de Policiamento Rodoviário - CPRV do Ceará, mesmo revestidas de caráter legal, traziam muito desgaste ao governo.
As constantes blitzs da CPRV no interior do estado deixou ouriçados eleitores e prefeitos. Ambos insatisfeitos com as medidas fiscalizadoras.
Os usuários de motos do interior não têm o mesmo cuidado que os das grandes cidades, no que concerne aos documentos e habilitação.
Muitos tiveram seus transportes apreendidos, multas avolumaram-se, mas o homem do campo não tinha condições de reverter a situação em face do pouco poder aquisitivo.
Habilitar-se a conduzir uma moto é caro e leva tempo.
Duas condições que o cidadão interiorano não dispõe assim, com muita facilidade.
Quando ainda apresentavamos o nosso programa na Rádio Clube, aos domingos de 19,30h às 21,30h, sugerimos que o governo do estado tomasse as seguintes medidas, visando amenizar os altos custos da regularização dos veículos e dos próprios condutores:
1 - Fornecesse a habilitação de graça. Sempre achei que não se deveria pagar por nada que significasse documento pessoal obrigatório;
2 - Regularizasse a documentação dos veículos. Anistiasse as multas e atualizasse os cadastros. Afinal são dois atos meramente formais, burocráticos.
3 - Por fim, convocasse os pacientes dessas medidas para alertá-los que, doravante, não haveria complacência para com os seus deveres.
Obs: só não seria regularizado o veículo sob suspeita de roubo ou furto.
Se fui ouvido ou não, regozijo-me com as primeiras medidas tomadas pelo governo, no sentido de proporcionar a devida habilitação dos condutores infracionados, fornecendo-as gratuitamente.
E alegro-me mais ainda com a informação de que o governador vai regularizar todos os veiculos, exceto os sob suspeitas, e devolvê-los aos seus proprietários, também anistiados.
Medidas que, dentre mortos e feridos, todos se salvarão.
Primeiro a população usuária, que já estava de beicinho com as medidas consideradas antipáticas da CPRV, e por via de consequência, do governo;
Segundo o governo, que já perdia votos e tinha que ouvir desaforos de prefeitos insatisfeitos com o tratamento dado ao seu cliente, o eleitor.
Todos vivos, Aleluia!
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